A reunião teve lugar na segunda-feira, dia 7 de abril, no auditório do Salão Central Eborense, com a presença de um elevado número de munícipes que atualmente utilizam as hortas urbanas de Évora.
O Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, e o Arquiteto Pedro Fogaça, responsável pela Divisão de Ordenamento e Reabilitação Urbana, descreveram aos presentes a forma como a implantação deste novo equipamento irá transformar toda a envolvente à Porta de Aviz, com natural impacto nas hortas urbanas aí localizadas.
Informou o Presidente da Câmara que a construção deste equipamento representa um compromisso assumido pelo anterior Governo no âmbito da iniciativa Évora Capital da Cultura 2027, mas que, até à presente data, ainda não foi identificada uma fonte de financiamento viável, dado que o PRR só financia projetos que possam estar concluídos até agosto de 2026, o que não é o caso dos projetos de maior envergadura.
Explicou ainda que o novo edifício, bem como o espaço envolvente, foi pensado e projetado dentro do conceito de “vagar”, evidenciado na candidatura vitoriosa a Capital Europeia da Cultura 2027, onde se enquadra o respeito pelos valores da tradição cultural do Alentejo e a predominância do equilíbrio Homem – Natureza enquanto fator determinante na atitude perante a vida em comunidade.
Assim se chegou ao projeto de pré-qualificação agora apresentado, que, existindo financiamento, terá condições par avançar de imediato para um concurso único de conceção-construção, de forma acelerar as fases processuais, evitando dois concursos separados, e salvaguardando a qualidade da proposta vencedora, que desta forma não será determinada exclusivamente pelo critério do mais baixo orçamento.
Tendo em conta os passos a dar, não se prevê, segundo Carlos Pinto de Sá, que o impacto da obra na dinâmica atual das hortas urbanas se venha a verificar a curto prazo. Deste modo, haverá tempo suficiente para preparar o futuro, mantendo-se um diálogo próximo entre a Câmara e todos os que atualmente usufruem deste espaço comunitário, na certeza de que existirão alternativas e nenhum dos utilizadores ficará sem horta.
Fonte/Foto: CM Évora