O Salão Central Eborense recebeu, dia 26 de novembro, duas iniciativas organizadas pela Câmara Municipal de Évora para celebrar dez anos da elevação do Cante Alentejano a Património Imaterial da Humanidade. Na sala-estúdio, 35 alunos do ensino básico das escolas de São Mamede e do Rossio participaram numa oficina de Cante. Mais tarde, com transmissão em direto na rádio DianaFM, o auditório acolheu uma tertúlia/debate sobre o Cante e o Património Imaterial.
Foi num ambiente de grande animação e entusiasmo que Paulo Colaço, músico e responsável por vários programas de promoção e sensibilização do ensino e prática do cante alentejano no Baixo Alentejo, transmitiu, de forma descontraída, as primeiras noções de Cante às crianças envolvidas. As modas ensaiadas foram depois apresentadas no auditório perante famílias e professores.
Seguiu-se o debate, moderado por Luís Matias, da Diana FM, que contou com as presenças de Paulo Lima, antropólogo e coordenador da candidatura do Cante Alentejano a Património Imaterial da Humanidade, Paulo Colaço, Susana Russo, antropóloga e coordenadora dos programas Artes à Escola e AEC no concelho de Évora, e Pedro Calado, do Grupo de Cantares de Évora. O presente e o futuro da preservação e divulgação desta arte, mereceram a atenção do painel de especialistas.
Ao longo do debate, e sob o olhar atento da plateia na qual estava presente o Presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, atuaram o Grupo Coral Cantares de Évora, o Grupo Coral de São Brás do Regedouro, o grupo Boina Cantary, e o Grupo Infantil de Cante Alentejano da União de Freguesias de Bacelo e Senhora da Saúde.
Recorde-se que o Cante alentejano, um canto coletivo, sem recurso a instrumentos e que incorpora música e poesia, foi classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), no dia 27 de novembro de 2014.
Fonte/Foto: CM Évora