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A Voz de Évora

2023/05/29

Distinguido “Ronaldo” do Património Cultural Imaterial da UNESCO

Concelho

O antropólogo Paulo Lima, cujo trabalho há muito incide sobre o património cultural imaterial, com um foco particular apontado às expressões musicais, coordenador das equipas vencedoras das inscrições do cante alentejano, do fabrico de chocalhos e da morna nas listas do Património Cultural Imaterial da UNESCO, foi distinguido com o Prémio Imaterial.

Este prémio, que antecedeu os espetáculos finais do Festival Imaterial, no Teatro Garcia de Resende, reconhece “o notável percurso” de Paulo Lima. Tendo dedicado parte da década de 1990 à investigação centrada nos poetas improvisadores e decimadores do Mediterrâneo e da Ibero-América, a partir de 2000 a energia e o entusiasmo de Paulo Lima foram colocados ao serviço das equipas que conquistaram as inscrições do fado, do cante alentejano, do fabrico de chocalhos e da morna nas listas do Património Cultural Imaterial da UNESCO. Tendo assumido o lugar de coordenador destas três últimas candidaturas, quis também pensar estas expressões em ligação com a coesão social, as alterações ambientais, a emergência climática e o empoderamento da mulher, reflectindo sobre o papel das tradições numa ampla dimensão sócio-cultural.

Director da Casa do Cante entre 2012 e 2016, e investigador da Reforma Agrária em Portugal, Paulo Lima trabalha actualmente sobre o dossier de candidatura das bandas filarmónicas portuguesas à lista da UNESCO. Convicto de que o património está por todo o lado - é só saber escutá-lo, interpretá-lo, amplificar a sua vitalidade e a sua dignidade.

Depois do músico Kepa Junkera e da etnomusicóloga e produtora Lucy Durán, o Prémio Imaterial, uma escultura da autoria do artista Pedro Fazenda, foi entregue pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal de Évora, Alexandre Varela, e pelo Presidente da Fundação INATEL, Francisco Madelino que, carinhosamente, apelidou Paulo Lima de “Ronaldo” do imaterial.

O Prémio Imaterial procura valorizar o trabalho tantas vezes invisível, embora crucial, para que as culturas locais se mantenham vivas e não sejam engolidas pela ditadura dos vários mainstreams que pairam sobre o mundo.

 

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