A Federação Nacional da Educação realiza, na quinta-feira, um protesto em Évora, onde estará a bandeira assinada por milhares de profissionais de educação de todo o país que exigem melhores condições de trabalho.
A Praça do Sertório, em Évora, é palco de mais um protesto de professores e pessoal não docente que, desde o final do ano passado, se desdobram em ações para exigir a recuperação de todo o tempo de serviço congelado ou o fim das vagas e quotas que bloqueiam a progressão na carreira.
Por melhores condições de trabalho e valorização da profissão, a Federação Nacional de Educação lançou uma iniciativa que tem levado a várias escolas do país, de norte a sul, a bandeira “Melhorar a Educação? Tratem bem os que cá estão!”.
Na quinta-feira, a bandeira estará em Évora “para receber mais assinaturas de profissionais da educação – a juntar às milhares já alcançadas -, indignados com a ausência de valorização da profissão e de respostas do Ministério da Educação às suas reivindicações”, sublinha a FNE em comunicado.
A ação de rua começa às 17:00 a favor de uma escola pública de qualidade: “Os professores são essenciais para termos um sistema educativo de qualidade e, para isso, é fundamental que sejam valorizados, pois estão cansados da falta de condições de trabalho que se têm agravado ao longo dos últimos anos, pelo que apelam a que sejam tomadas medidas urgentes”, acrescenta a federação.
A FNE é uma das nove organizações da plataforma que esta semana iniciou mais uma greve distrital, que arrancou hoje no Porto e termina a 12 de maio em Lisboa.
Os professores exigem a recuperação de todo o tempo de serviço congelado assim como o fim das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões que bloqueiam a progressão na carreira.
Os protestos dos docentes começaram ainda no final do ano passado, durante as negociações entre sindicatos e ministério da Educação para um novo modelo de contratação e colocação de professores.
Apesar de não terem chegado a acordo, o Governo aprovou novas regras para os concursos de professores, tendo os sindicatos apelado ao Presidente da República para que não promulgasse o diploma.
O diploma prevê a entrada nos quadros, ainda este ano, de mais de 10 mil docentes que estão há vários anos a contratos e, por isso, sem direito a aumentos salariais.