A homenagem e o lançamento dos romances “Talvez o Ciclone” e “E Deus Pegou-me Pela Cintura” do escritor Luís Carmelo teve lugar na tarde de 21 de abril, no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora.
Um evento inserido na Feira do Livro que reuniu amigos, familiares e leitores que quiseram homenagear o escritor um ano após a sua morte, mas também expressar o seu apoio à sua esposa, a Professora Isabel Bezelga.
Dos amigos muito próximos, destacam-se, entre outros, o pintor António Couvinha e o fotógrafo José Manuel Rodrigues, também eles exilados na Holanda no tempo da ditadura de Salazar e que só após a Revolução de 25 de Abril de 1974 puderam regressar a Portugal.
A apresentação do livro póstumo: “Talvez o Ciclone” e a reedição do livro “E Deus Pegou-me pela Cintura” [Guerra & Paz Editores] foi feita pelas professoras universitárias Cláudia Sousa Pereira e Teresa Maia Carmo e também por João Nogueira (Guerra & Paz Editores). Contou ainda com um testemunho de Manuel S. Fonseca (Administrador Editorial da Guerra & Paz).
Através da palavra e do vídeo recordou-se o escritor, a sua vida e a sua obra, tendo o fotógrafo José Manuel Rodrigues oferecido uma foto inédita de Luís Carmelo que deu ainda mais força à cerimónia.
“É uma merecida homenagem a Luís Carmelo, um ano após a sua última aparição em público aquando do lançamento do seu livro intitulado “Planisfério”, considerou à margem da sessão a Professora Cláudia Sousa Pereira.
“Luís Carmelo criou uma escola de jovens autores publicados na editora Nova Mymosa” recordou ainda a sua mulher, Isabel Bezelga, expressando satisfação pelo facto do editor da Guerra & Paz ter apostado neste livro póstumo. Tratou-se de um processo difícil, uma vez que ainda não estava tudo decidido, estava ainda na gaveta, mas agora junta-se aos seus irmãos, completando assim esta trilogia.
“Devia isso aos seus amigos de Évora que era a sua cidade, esteve cá há um ano e voltou agora. Deixou de estar em carne e osso, mas pode estar de muitas maneiras”, considerou ainda Isabel Bezelga.