“Reunimos no evento mais de 35 profissionais, para debater uma temática presente na sociedade, apesar de pouco explorada, e o feedback foi extremamente positivo. Todos os presentes demonstraram um profundo interesse pelo tema e creio que ficou claro que a sensibilização face ao TSH é fundamental, apesar de muitos dos profissionais não estarem despertos para a gravidade e contornos do tema antes da formação. Ao longo da mesma, muitos participantes ficaram surpresos com alguns contornos mencionados e tentaram inclusive refletir sobre se já teriam estado diante de situações de TSH.
Finalmente, creio que a parceria com a Associação para o Planeamento da Família Alentejo é extremamente importante e permite o debate de temáticas que nem sempre pensamos no nosso quotidiano e que precisam ser pensadas e debatidas. O balanço é positivo e é de concordância geral que esta será uma iniciativa a repetir no próximo ano”, afirmou a Assistente Social do Hospital do Espírito Santo de Évora, Anabela Caixeiro.
Os profissionais de saúde podem desempenhar um papel crucial na identificação e até resgate das vítimas, pelo que é de extrema importância que os mesmos estejam alerta para algumas das características, nomeadamente, possuírem horários invulgares, apresentarem um ar cansado ou até mesmo exausto.
Recomenda-se que as vítimas não estejam sozinhas na ida a consulta medica devendo estar sempre acompanhadas na saída.
O Tráfico de Seres Humanos (TSH) é definido pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) como “uma forma de violação dos direitos humanos, que envolve todas as ações que submetem pessoas a situações de abusos e exploração”. Em Portugal esta prática é considerada crime público, sendo, portanto, passível de denúncia por qualquer cidadão.