Os membros da Assembleia Municipal de Évora assistiram à apresentação da proposta de Revisão do Plano de Urbanização de Évora (PUE), cujo trabalho é coordenado pelo Professor Jorge de Carvalho (Académico e Urbanista, que foi também Diretor do Departamento de Administração Urbanística da Câmara de Évora durante os anos 80). A trabalhar com ele neste projeto está uma equipa multidisciplinar e multifacetada, composta por técnicos municipais e especialistas das universidades de Évora e de Aveiro.
Um documento que visa dar resposta a um conjunto de desafios na área do ordenamento territorial e urbanismo do Concelho, fomentando o desenvolvimento de Évora com propostas estruturantes em diversas áreas, dado que a última revisão foi há cerca de 25 anos.
O PUE identifica problemáticas, estabelece objetivos, elenca 106 ações e sugere caminhos para alcançar os propósitos de desenvolvimento do Concelho. As soluções apresentadas nesta proposta serão analisadas, debatidas pelos diversos intervenientes, entre eles a população, para se chegar então à proposta final consensual.
Como explicou o Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, antes da apresentação da proposta, a autarquia fez um desafio à equipa (que foi aceite) de, além de olhar o território meramente no que concerne à revisão do Plano de Urbanização, ir mais longe e abordar também questões que habitualmente não surgem nestes planos como sejam a mobilidade, as alterações climáticas ou as áreas de expansão da cidade no domínio da habitação e da atividade económica, entre outras.
Os deputados municipais tiveram, assim, um conhecimento mais aprofundado do Plano, tendo proferido intervenções acerca das questões que consideraram mais relevantes e agradecido à equipa o trabalho realizado.
Nesta sessão foi também deliberada a aprovação por maioria do Regulamento da Taxa Municipal Turística, com 24 votos a favor (1 do BE, 7 da CDU, 1 do Chega, 3 do MCE, 1 do MMPI, 1 do MICAZA, 11 do PS 3 abstenções da CMcC).
Uma taxa que, segundo explicou o Presidente da Câmara Municipal de Évora, decorre do aumento muito significativo de dormidas na última década (mais de 700 mil em 2024) em Évora, com a consequente pressão sobre as infraestruturas, espaço público, património e ordenamento turístico. A receita que daí advirá será para financiar investimentos nestas áreas, nomeadamente ordenamento turístico, higiene e limpeza pública, emergência e proteção civil.
Fonte/Foto: CM Évora