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A Voz de Évora

2023/06/19

Simpósio em Évora discute sustentabilidade e futuro do vinho e das vinhas

Concelho

A sustentabilidade e as tendências de futuro do vinho e das vinhas estão em foco no 12.º Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo, que se realiza, nos dias 22 e 23 deste mês, em Évora.

A iniciativa é organizada pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Associação Técnica de Viticultores do Alentejo, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, Direção Regional de Agricultura e Universidade de Évora.

Considerado pelos promotores como "um dos mais importantes fóruns de debate do setor vitivinícola em Portugal", o simpósio, que decorre a cada três anos, desde 1988, realiza-se este ano no auditório do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT).

Segundo a CVRA, são esperados, nos dois dias, mais de 150 participantes, que terão a oportunidade de ouvir e partilhar conhecimentos com cerca de 30 profissionais, investigadores, enólogos e produtores de várias regiões vitivinícolas mundiais.

Em debate, vão ser abordados temas como as castas do futuro

Em debate, vão ser abordados temas como as castas do futuro da região alentejana, as alterações climáticas, o paradigma biológico das vinhas, a comunicação da sustentabilidade, o vinho na cadeia alimentar do futuro, a embalagem e a água e os solos.

"Vão ser dois dias de debate interessante e atual com os olhos postos no futuro, porque falar do futuro e da sustentabilidade do setor é, atualmente, indissociável", realçou à agência Lusa o presidente da CVRA, Francisco Mateus.

Assinalando que os efeitos das alterações climáticas já "não são do futuro, são atuais", o responsável referiu que os produtores enfrentam "ano após ano com a escassez de água e temperaturas mais elevadas durante períodos de tempo mais curto".

"Sentimos a necessidade de irmos adaptando as castas que temos na terra a outras variedades que sejam mais resistentes a estas condições, preservar os solos e garantir que a biodiversidade que o Alentejo tem continua cá", sublinhou.

Entre outras questões, Francisco Mateus apontou a necessidade de se repensarem as embalagens para que o vinho possa chegar aos consumidores de "uma forma mais sustentável, com a redução de emissões de CO2 [dióxido de carbono] e um transporte mais eficaz".

"Temos de conseguir viver num contexto que é diferente daquele que tínhamos, por exemplo, há 20 anos e, portanto, isso implica alterações, conhecimento e o envolvimento de todos", acrescentou.

De acordo com o programa do simpósio, a sessão de abertura, a cargo do presidente da CVRA, Francisco Mateus, está marcada para o dia 22, às 09:45.

O programa inclui ainda conferências sobre o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo, alterações climáticas, paradigma biológico, comunicação da sustentabilidade, o vinho na cadeia alimentar do futuro, embalagens e a água e os solos.

A CVRA foi criada em 1989 e é responsável pela proteção e defesa da Denominação de Origem Controlada (DOC) Alentejo e da Indicação Geográfica Alentejano, certificação e controlo da origem e qualidade, promoção e fomento da sustentabilidade.

O Alentejo é líder nacional em vinhos certificados, com cerca de 40% de valor total das vendas num universo de 14 regiões vitivinícolas em Portugal.

Com uma área de vinha de 23,3 mil hectares, 30% da sua produção tem como destino a exportação para cinco destinos principais, designadamente Brasil, Suíça, EUA, Reino Unido e Polónia.

 

 

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